sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A caixa


E vou me despedindo do ano velho, deixando para trás todos os erros, as lágrimas, as decepções, as ilusões, os pecados... Espera um pouco! Mas se eu deixar tudo isso para trás, terei também que deixar os sonhos, as conquistas, as aventuras, os sorrisos, as realizações. Não quero, portanto, deixar nada para trás, esquecer tudo o que vivi, sofri, aprendi. Quero apenas trancar a caixinha do ano velho com tudo lá dentro, mas fica tudo guardado, não descarto nada. Não posso me livrar de mim mesma, é injusto comigo.
Poderíamos pensar que cada ano é uma caixa e que nela juntamos tudo o que vivemos e sentimos. Ao final do ano, a caixa fica lotada, então precisamos de uma nova caixa. E ela está ali: vazia, limpa, esperando para ser preenchida. Analisando por esta metáfora, vemos que a caixa do novo ano está vazia, mas que nós temos outras caixas cheias de sentimentos e experiências. E não podemos descartar nada, simplesmente porque é impossível.
Quando o relógio marcar meia-noite, despeça-se da sua caixa velha, mas guarde-a com cuidado. E então, abra sua caixa nova e comece colocando a esperança dentro dela... A esperança de que tudo vai dar certo, de que seus amigos, seus amores e sua família continuarão te amando e ficarão sempre do seu lado, esperança de que seus sonhos se tornarão realidade, esperança de que você será uma pessoa melhor. Este deverá ser o primeiro item da caixa.
Depois, você terá um ano inteiro para encher a sua caixa. Portanto, tenha cuidado com o que você vai colocar dentro dela, pois poderá não ter espaço para tudo. Preencha sua caixa de bons sentimentos, de amigos verdadeiros, de pessoas queridas, de amor, amor e amor. Muito amor.
É, meu caro. A cada ano que passa, vamos colecionando caixas e, por isso mesmo, nos tornamos mais valiosos, mais ricos em experiências. Cuide com carinho da sua caixa nova, não deixe que o próximo ano chegue e você perceba que a caixa está vazia ou lotada de coisas insignificantes. Ame, viva, sofra, chore, sorria... Mas lembre-se que sempre podemos recomeçar.
Feliz caixa nova!

2 comentários:

  1. Caixinha, caixote ou até caixão!!! O importante é realmente esbarrotar essa caixa de 2011 com fé, sabedoria e saúde!Ah sim, e como foi bem dito de esperança e de AMOR em todas as suas formas para que ao final de 2011, a caixa não se transforme em um baú de ressentimentos e frustrações.Adorei Camilita! bjsss

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  2. Pensando dessa forma, realmente podemos comparar o novo ano como uma nova caixa. Porém, não podemos deixar que o ano e tudo que ele vir a nos proporcionar, fique estático, como uma caixa guardada no fundo do armário...às vezes temos que fazer movimentos a favor de nós mesmos, abrindo espaços novos e enxergando os disponíveis ao nosso redor, para que possamos prosseguir adiante, mesmo que um pouco amarrotados e gastos pelo tempo...Bjão e um 2011 recheado de boas surpresas!

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